quinta-feira, 30 de junho de 2011

Reflexão sobre Motivação para a aprendizagem.

Apesar das diferentes concepções sobre os motivos que impulsionam o ser humano a agir, todas chegam a um consenso quando definem motivo como “um fator interno, que dá início, dirige e integra o comportamento humano”. Este fator não é observado diretamente, porém pode ser inferido no comportamento do indivíduo. Segundo Snnygg (1962), “os motivos têm função energizante, eles provocam comportamento”. Por isso, o indivíduo precisa estar motivado para conseguir realizar qualquer atividade, ou seja, é preciso que ele encontre motivos que o façam desejar algo e que o façam buscar a realização concreta de seu desejo.
        Um motivo é basicamente dividido em duas partes. A primeira refere-se ao impulso. Este é um processo interno, pelo qual a pessoa é instigada à ação. A segunda refere-se à ação do indivíduo devido a uma provocação externa. Esta provocação pode ocorrer por vários fatores, dentre eles, um objetivo preestabelecido ou uma recompensa. A última causa, um efeito redutor no incitamento interno, porque, após o indivíduo alcançá-la, o motivo deixa de existir.
       A motivação para a aprendizagem deve acontecer naturalmente, onde o educando, consciente de que a vida é dinâmica e não estática e que o objetivo da existência é o desenvolvimento, seja capaz de querer desenvolver-se em todos os aspectos.
 Desta forma, o educando, motivado, ultrapassa todos os obstáculos para alcançar seus objetivos. Tudo o que ele faz, faz bem feito porque realmente sente prazer em lutar por aquilo que gosta. De acordo com Carrell (1970), alguém pode estar motivado para aprender algo porque gosta, e aprende mais rapidamente e melhor.
Muitas vezes,  o educador não consegue estimular os educandos. Então parte para as ameaças. Esta atitude é considerada extremamente negativa, pois o educando estuda sob coerção, ou seja, estuda para não ser castigado. Certamente este aprendizado não será duradouro, será esquecido num curto período de tempo.
A motivação negativa é prejudicial porque leva o educando a sentir-se oprimido, envergonhado, inferior por agir sob o controle do educador. Tais atitudes levam o educando a sentir aversão pelo educador e até mesmo pelo ambiente onde isso acontece, inibindo, assim, o processo de ensino-aprendizagem.
Para que a motivação seja caminho que conduz à aprendizagem é imprescindível que haja uma relação harmoniosa, permeada pelo diálogo entre educador e educando, onde um conheça a vida do outro, não apenas na sala de aula, mas também em espaços extra-escolares. Acredita-se que, agindo assim, é possível entender as diferenças individuais presentes no contexto, tais como: a personalidade, o grau de interesse pelo estudo, o amadurecimento emocional, entre outras. Estas diferenças devem ser consideradas em sua totalidade, pois cada um possui a sua história, sendo, portanto, fruto da mesma.
 Então, motivar para a aprendizagem é permitir que os educandos descubram seu jeito de aprender, sem ferir o seu jeito de ser.
 Por isso, é fundamental que no nosso fazer pedagógico do dia-a-dia, apresentarmos estratégias metodológicas diferenciadas para despertar o interesse do aluno preparando-o para o ensino-aprendizagem.

Coordenação Pedagógica

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