quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Semana Pedagógica (SOS Professor)

Semana Pedagógica

De fato o ano letivo começa quando inicia a Semana Pedagógica dentro da Escola. Infelizmente muitas não sabem verdadeiramente o que fazer na Semana Pedagógica e outras utilizam este precioso tempo apenas para ficar discutindo longos textos, realizando dinâmicas de motivação, um oba-oba que não acrescente nada de concreto ao trabalho que deverá ser realizado ao longo do ano.
Mas, o que é a Semana Pedagógica? Por que ela é importante? Por que a Escola DEVE realizá-la? Objetivamente falando a Semana Pedagógica é um momento de analisar o que deu e o que não deu certo, ajustar e corrigir o rumo do que deu errado, planejar novas ações para fazer mais do certo e menos do errado, implementar as ações, ou popularmente falando: arregaçar as mangas e fazer acontecer.
Geralmente esta Semana Pedagógica ocorre no mês de Janeiro ou início de Fevereiro, logo que os Professores retornam do recesso. Em algumas Escolas ocorrem em 5 dias, outras em 7 a 10 dias. O fato é: não importa se você tem mais ou menos tempo, o que importa é que há assuntos ou temas importantes que não podem deixar de ser discutidos nesse período.

Pauta/Temas da Semana Pedagógica
  1. Integração dos Professores novos com todos membros da Equipe (Apoio, Administrativo, etc), bem como o esclarecimento das metas da escola a serem atingida nesse novo ano.
  2. Análise dos dados do ano anterior (Aprovação/Reprovação/Por Sala/Turma/Índices: IDEB-SPAECE-ENEM/Vestibulares).
  3. Ajustes no Projeto Político Pedagógico - PPP com avaliação e monitoramento das metas estabelecidas.
  4. Desafios enfrentados no ano anterior, com definição de ações/soluções para o novo ano.
  5. Calendário Escolar e estabelecimento da Rotina Escolar.
  6. Passagem da turma para o novo Professor (Informar as necessidades a serem trabalhadas e progressos já alcançados).
  7. Planejamento Geral (Plano de Ensino/Projetos/Reforço/Avaliação/Alunos com Necessidades Especiais).
  8. Formação Continuada: Como ela ocorrerá durante o ano?
  9. Avaliação Institucional e da Equipe: Informar como ela ocorrerá.
Materiais Necessários:
  1. Quadros com índices de aproveitamento por sala/turma.
  2. Quadro de Horário das Aulas.
  3. Calendário Escolar.
  4. PPP.
  5. Proposta Curricular.
  6. Planos de Ensino.
  7. Projetos/Programas que escola aderiu (Projeto Professor Diretor de Turma - Projeto Jovem de Futuro - Reorganização Curricular do Ensino Médio - Ensino Médio Noturno dentre outros).
Lembre-se a Semana Pedagógica começa no início do ano letivo, porém só termina quando o ano letivo se encerra. Encare da seguinte forma, o PPP é a bússola que norteará todo o trabalho desenvolvido no ano, e a Semana Pedagógica fornece o grande "itinerário", dessa jornada. Por esta razão é de extrema importância logo no início do ano mostrar a toda a Equipe, o resultado, em números, do trabalho que eles estão desempenhando na Escola. Só assim ficará claro que se o resultados apresentados ainda não são satisfatórios, significa que a Equipe terá que fazer melhor neste novo ano, ou seja, fazer diferente do que estão fazendo até então, e para isso será necessário implantar novas ações, dar importância a capacitação que deve ser constante e fazer parte da rotina da Escola.
Caberá ao Coordenador, juntamente com os demais envolvidos na Equipe Estratégica (Núcleo Gestor) elaborar um Programa de Educação Continuada para todos os membros da Equipe, juntamente com a representação da Secretaria de Educação (Estadual ou Municipal), pois é a capacitação dos envolvidos que garantirá que as metas estabelecidas no PPP e compartilhadas na Semana Pedagógica sejam alcançadas.
A Semana Pedagógica tem seus objetivos atingidos quando todos saem dela sabendo que a "sua" parte compõe o "todo", e que se esse "todo" está "doente" e caminha de modo ineficiente, então cada um deverá mudar. Ficar do mesmo tamanho também já não será mais uma opção, todos deverão crescer, aprimorar-se, fazer o melhor e sair em busca de mais.
Agora você decide: ou fica do mesmo jeito e continua contribuindo para deixar a Escola "doente", ou aceita o desafio de mudar e trazer possíveis saídas. Então, o que vai ser?



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Sala de Aula no Contexto da Educação do Século 21 (Márcia Marques de Morais)


Professora do curso de Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) – Coração Eucarístico. E-mail:mmorais@pucminas.br


Apresentação

Em que medida a linguagem poderia ter um papel estratégico diante dos desafios que devem ser enfrentados pela educação, personificada na figura do professor, na sala de aula? Para a autora, sua função é significativa, considerando, no mínimo, duas vertentes em que a linguagem, em sentido lato, e a linguagem verbal, em sentido estrito, conformam os saberes, no sentido não só de referenciá-los, expressá-los, representá-los ou comunicá-los. A primeira vertente é que, como código verbal, a linguagem é instrumento de produção de sentidos, concretizados tanto em textos escritos quanto no registro oral. A segunda vertente, a da recepção de sentido, menos tecnicamente chamada leitura, é também ela, estratégica, diante dos desafios do aprender.
Ler é multiplicar pontos de vista; ler é distinguir no texto, como dispersão de sujeitos e orquestração de vozes, a diversidade que caracteriza a realidade; ler é potencializar habilidades diversas e, sobretudo, aquela de transferir e associar, indispensáveis ao próprio aprender. Isso tudo dito de modo teórico, muito técnico.
A autora aponta, ainda, como intensa e profunda marca da educação do século 21, a formação humanista,
[...] a grande responsável pelo cidadão comprometido com o outro e empenhado em atuar socialmente. São as humanidades saberes fundadores de toda e qualquer transformação; proporcionam as humanidades pressupostos a quaisquer outras ciências, de tal modo que, só tocados pelas ciências humanas é que nos é possível o movimento de verticalização mais justo e seguro, na busca de outros saberes e no intérmino e contínuo processo de aprender.

Oroslinda Taranto Goulart
Diretora de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais


SUMÁRIO

A Sala de Aula no Contexto da Educação do Século 21

EDUCAÇÃO EM TEMPOS E ESPAÇOS OUTROS 
ENSINAR E APRENDER – UM PERMANENTE DIÁLOGO
APRENDER A APRENDER – ALICERCE DO PROCESSO EDUCATIVO
LINGUAGEM E APRENDIZAGEM – RIMA QUE PODE SER SOLUÇÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 




Por uma Sociedade Educadora (Eliezer Pacheco - MEC)

Apresentação

Ao longo de dezesseis anos, a cidade de Porto Alegre (RS) viveu a experiência de implantação de um estilo de administração popular que privilegiou a radicalização da democracia, o desenvolvimento tecnológico e o combate à exclusão social. O projeto político-pedagógico para a educação, em coerência com esses eixos, buscou traduzi-los em políticas educacionais capazes de responder aos desafios aí propostos. Sua perspectiva era de que a educação não ocorre apenas nos espaços de educação formal, mas resulta das experiências vivenciadas em todos os espaços da cidade pela ação do conjunto das organizações, governamentais ou não. Isso se traduziu no conceito de Cidade Educadora, na qual o poder público e a sociedade exercem, articuladamente, sua função educadora visando à construção de uma cultura fundada na solidariedade entre indivíduos, povos e nações. Trata-se de de uma educação vinculada a um Projeto Democrático e Popular, comprometido com a emancipação dos setores explorados da sociedade, na perspectiva de uma Educação Popular que assimila e supera os princípios e conceitos da escola cidadã. Mais do que isso, a Cidade Educadora educa a própria escola e é educada por ela, que passa a assumir um papel mais amplo na superação da violência social. Os projetos estão especialmente articulados com o conjunto de organismos governamentais e sociedade civil organizada, estabelecendo uma relação dialética em que todos são educadores e educandos. “Escola Cidadã”, “Cidade Educadora”, “Participação Popular” são partes inseparáveis de um projeto pedagógico progressista e contemporâneo. O autor, Eliezer Pacheco, foi secretário municipal de Educação de Porto Alegre e vivenciou o processo de implantação do Projeto “Porto Alegre, Cidade Educadora”. No texto a seguir ele mostra que o conteúdo do trabalho desenvolvido nessa perspectiva afirma a capacidade que tem o gestor público, em uma estrutura de Estado controlada socialmente, de administrar e transformar a educação em um instrumento a serviço da inclusão e da radicalização democrática.

Oroslinda Maria Taranto Goulart
Diretora de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais


SUMÁRIO

Por uma Sociedade Educadora

A CIDADE EDUCANDO A ESCOLA
A QUESTÃO DA CIDADANIA
EDUCAÇÃO E PROJETO POLÍTICO
A ESCOLA E A COMUNIDADE 
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E HEGEMONIA
AS ASSESSORIAS PEDAGÓGICAS
APRENDIZAGEM PARA ALÉM DA ESCOLA